“Convido você, para uma viagem de roteiro inesquecível: Paris, Tóquio, Kyoto, Haiki Nagasaki, Hiroshima, Pequim”. Assinado: Nélson Koiti Watanab, conhecido empresário na cidade, agora dublê de Agente de Viagens, sócio da “Agência Jissotour”, de Belo Horizonte.
Fiquei imediatamente, seduzida. Viajar 18 dias, conhecer o Japão e a China, com escala de dois dias em Paris, por um preço em conta, era tudo que a cronista nômade precisava a fim de fazer as malas mais uma vez, e acumular experiências vitais para um escritor.
Entre as incontáveis surpresas boas da viagem fascinante, o carisma dos agentes de viagem. Cléa e Getúlio, de Belo Horizonte, seguidores dos princípios humanísticos do “Seicho-No-Ie”, conhecedores de quase todo o mundo, desta feita, na sexta vez no Japão, já estabilizados financeiramente, cuidam de realizar sonhos. Eles e o Koiti, que fala japonês fluente, ciceronaram o grupo eclético de 15 pessoas: manicura, zeladora, vendedora, secretária, diretoras aposentadas, médica, advogada, engenheiros, enfermeiras, assistindo a todos, indistintamente, com desvelo e amor. O que é muito importante em nome do bem estar e segurança numa viagem internacional, notadamente, para principiantes. Com o roteiro cumprido sem deslizes e pouso nos melhores hotéis do planeta...
“Paris c’est magic” como sempre.
Apesar do tempo apertado, fizemos um city-tour memorável pela “Cidade das Luzes”, liderados por uma guia francesa falando português com desenvoltura, estudado na Sorbonne de Paris.
Poesia pura rever os pontos turísticos mais visitados do mundo, sob um sol dourado de outono e temperatura deliciosa, que à noite transformava-se em um friozinho gostoso de curtir.
“La Place Vendôme” com seus prédios de fachada uniforme construídos no reinado de Luiz 14. As lojas caríssimas objetos de desejo dos ricos, e o Hotel Ritz, ultimo endereço da Lady Di.
O “Bairro da Défense”, o mais moderno de Paris, contrastando com o grosso da sua paisagem arquitetônica. “Le Grande Arche de la Défense”, formado de cubos num prédio de 37 andares.
O “Prédio da Concierge”, no centro, onde Maria Antonieta foi aprisionada, antes da guilhotina.
Ao lado a “Sainte Chapelle”, construída em 1240, com dois andares, para discriminar a nobreza e a plebe, onde foram guardados a Coroa de Espinhos, e um pedaço da Cruz de Cristo, hoje relíquias da “Catedral Notre Dame”.
As escadarias do “Bairro Montmartre”, a “Basilique du Sacré-Coeur”, ao lado da “Praça de Tertre”, ponto dos cafés e pintores de rua de Paris.
O Boulevard de Clichy, a Place Pigalle, endereço do Moulin Rouge, eternizado nas pinturas de Toulouse-Lautrec.
O “Museu do Louvre”, a “Catedral de Notre Dame”, a “Torre Eiffel”, símbolos máximos da beleza parisiense.
“Place de la Bastille”, “Centre Pompidou”, “Jardin de Tuileries”, “Montparnasse” “Place de la Concorde” “Palais Royal”, o “Panthéon", onde estão sepultados Vitor Hugo e Jean Moulin, herói da Resistência Francesa, na Segunda Guerra Mundial.
“Place Charles de Gaulle”, ponto mais nobre da “Avenue Champs Élysées, o “Arc de Triomphe, no centro, com 50 metros de altura, onde arde a Chama Eterna em homenagem ao Soldado Desconhecido.
A “Avenue Foch”, chiquérrima, metro quadrado mais caro de Paris, onde os poderosos do planeta têm seus endereços sofisticados.
“Les Invalides”, um dos prédios mais majestosos de Paris com a fachada de 196 metros, que abriga na cúpula dourada a cripta de Napoleão Bonaparte em um luxuoso sarcófago. E mais...
Depois do passeio encantador, com paradas para fotos, alimentação e compras, a hora de voltar ao Hotel Holliday-Inn, no Quartier Latin, a alma de Paris. E feliz, passear à noite pelo “Boulevard Saint Germain”, tomar um chopinho de 4 euros com petiscos, no “Le Deux Magots”, point de intelectuais de todas as épocas, com self-service de cultura, extravagância gloriosa dessa escriba apaixonada pelo caleidoscópio, que o mundo pode exibir.
Dizem que só se torna íntimo de Paris, quem volta e dispensa a visita à “Tour Eiffel”.
Quem sabe, um dia...