terça-feira, 29 de agosto de 2006

OS 3 FILTROS DA SABEDORIA


OS
3 FILTROS DA SABEDORIA




Sócrates, o filósofo, viveu na Grécia
antiga (469 - 399 BC) - e, a seu

respeito, conta-se a seguinte
história.


Um dia o sábio foi procurado por um excitado discípulo que
disse:


"Sabe o que eu acabo de escutar sobre um dos nossos
colegas?"


"Espere um momento", Sócrates respondeu. "Antes de me contar,
gostaria de

fazer um pequeno teste com você, que chamo de teste de tripla
filtragem.


Vamos filtrar o que está prestes a me contar. O primeiro
filtro é o da

verdade. Você tem certeza absoluta de que o que você vai me
contar é

verdade"

"Não", o discípulo disse, "certamente só escutei
outras pessoas falarem

sobre isso e ......"

"Muito bem" disse
Sócrates. "Então você realmente não sabe se é verdade ou

não. Vamos testar o
segundo filtro. O que você está prestes a me contar

sobre meu estudante é
alguma coisa boa?"


"Não, pelo contrário..."

"Então", continuou
Sócrates, "você quer me contar alguma coisa ruim sobre

seu colega, mesmo não
tendo certeza que seja verdadeiro"


O discípulo gaguejou, mostrando-se
bastante embaraçado.....


Sócrates continuou. "Você deve finalizar o teste
porque ainda existe o

terceiro filtro - o filtro da utilidade. O que você
quer me contar sobre

ele, tem alguma utilidade para mim"

"Não,
certamente não.........." ·


"Bem" concluiu Sócrates, "se o que você quer
me contar não é verdade, não é

bom, nem me serve para nada, porque você quer
me contar ?"





TORRE DO TOMBO - SENTENÇA PROFERIDA EM 1487.



Grande povoador do Reinado de D. João II, em 1487. Do
Arquivo Nacional da Torre do Tombo.


SENTENÇA
PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO.


(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço7)


"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta edois anos, será 
 degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, 
esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, 
pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido
com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco
 irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas 
teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois
filhos.


Total: duzentos e  noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

[Agora vem o melhor:]
"El-Rei D.
João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos

dezessete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento
de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no

Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que
formaram o processo".





sexta-feira, 25 de agosto de 2006

SISTEMA CARCERÁRIO JAPONÊS














Sistema Carcerário Japonês

No momento em que se discute o sistema carcerário no Brasil, apesar de
ser uma questão em crise desde seu nascedouro e que nunca mereceu dos poderes
constituídos a atenção devida e indispensável, vale a pena conhecer
resumidamente como o Japão trata do assunto.

Vamos ao fatos:

A filosofia que dirige o sistema carcerário japonês é diferente da que rege
todos os outros presídios ocidentais, que tentam reeducar o preso para que
ele se reintegre a Sociedade. O objetivo, no Japão, é levar o condenado ao arrependimento. Como errou, não é mais uma pessoa honrada e precisa pagar por isso.

"Além de dar o devido castigo em nome das vítimas, o período de
permanência na prisão serve como um momento de reflexão no qual induzimos o
preso ao arrependimento", explica Yutaka Nagashima, diretor do Instituto
de Pesquisa da Criminalidade do Ministério da Justiça.

Os métodos para isso são duros para olhos ocidentais, mas em nada lembram os
presídios brasileiros, famosos pela superlotação, formação de quadrilhas,
violência interna e até abusos sexuais. A organização e limpeza imperam e os detentos têm espaço de sobra. Ficam no máximo seis por cela. Estrangeiros têm um quarto individual. Além disso, ninguém fica sem trabalhar e não tem tempo livre para arquitetar fugas.

O dia do preso japonês começa às 6h50min. Às 8h ele já está na oficina
trabalhando na confecção de móveis ou brinquedos. Só pára por 40 minutos para
o almoço e trabalha novamente até as 16h40min.

Durante todo este período nenhum tipo de conversa é permitido, nem durante as
refeições.
O preso volta à cela e fica ali até 17h25min, quando sai para o jantar. Às 8h tem que retornar ao quarto, de onde só sairá no dia seguinte.

Banhos não fazem parte da programação diária.

No verão eles acontecem duas vezes por semana.

No inverno apenas um a cada sete dias.

"Não pode ser diferente porque faltam funcionários.

Mas damos toalhas molhadas para eles limparem o corpo", justifica-se
Yoshihito Sato, especialista em Segurança do Departamento de Correção do
Ministério da Justiça.

Logo ao chegar à penitenciária, os presos recebem uma rígida lista do que
poderão ou não fazer. Olhar nos olhos de um policial, por exemplo, é absolutamente proibido.

Cigarro não é permitido em hipótese alguma.

Na hora da refeição o detento deve ficar de olhos fechados até que receba um
sinal para abri-los.


Qualquer transgressão a uma das determinações e o detento termina numa
cela isolada.

Apesar de oferecer tudo o que teria num quarto normal (privada, pia e
cobertor), ela tem pouca iluminação.

Se houver reincidência na falha, será punido com algemas de couro, que
imobilizam os braços nas costas.

Elas não deixam nenhum tipo de marca, mas impedem o preso de fazer coisas
básicas.

"Os policiais colocam a comida dentro de uma cela numa tigela.

Sem a ajuda das mãos, o preso tem que comer como se fosse um cachorro.

Também tem dificuldades para fazer as necessidades fisiológicas",
reclama Yuichi Kaido, advogado do Centro de Proteção dos Direitos dos Presos.

Se ainda assim o detento desrespeitar outras regras, será mandado para a
solitária – a pior de todas as punições.

Ficará num minúsculo quarto escuro e não poderá se sentar durante o dia.

O controle é feito por uma câmera interna.

Muitos presos, principalmente os estrangeiros, se indignam com o tratamento e
processam o Estado pelos maus tratos. "Recebemos todo ano mais de cem
processos contra as prisões. Mas na maioria dos casos eles perdem porque
agimos exatamente dentro do que prevê a lei", afirma Jun Aoyama,
especialista em segurança do Departamento de Correção do Ministério da
Justiça.

Apesar das reclamações, quem vêm do exterior, recebem um tratamento ainda
melhor que os japoneses.

Além do quarto individual, ganham cama e um aparelho de televisão onde passam
aulas de japonês. A comida também é diferenciada. Não é servido nada que
desagrade religiosamente qualquer crença de um povo. Para os arianos, por
exemplo, não é oferecida carne bovina.

Um consolo para os estrangeiros que não podem nem pensar em cumprir pena no
seu país.

O Japão é a única nação do mundo que não aceita acordos de extradição.

Afinal, como causou sofrimento à população do arquipélago, o criminoso tem
que pagar por isso no Japão mesmo.

Assim conhecido o caso japonês, é interessante ver que nenhuma ou quase
nenhuma "Ong" de direitos humanos interfere no sistema, dita
políticas ou o governo permite que Senador durma entre os presos, sob a
justificativa de impedir represálias do Estado após rebeliões.

* Aliás como diria "rebelião de preso" em japonês?

Esta expressão não existe.


(LÉO G. MEDEIROS – CEL PM RR).











quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Aldrabas em Faro e Olhão...




São trincos de portas, de origem árabe e que é usado desde longas datas e até os nossos dias..encontramos essas aldrabas em Portugal e também no Brasil...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

CANIL MUNICIPAL DE OLHÃO




Pequena amostra dos Cães que são residentes no CANIL Municipal de Olhão e que estão á espera de uma alma caridosa...
Fica situado ao lado dos Supermercados Modelo e Lidl, ao lado da Salina.
E, quem estiver interessado em adotar algum, pode telefonar para 289.714219 e falar com a Sra. Natália.
Entretanto se alguem quiser também visitar o CANIL, pode faze-lo, mas antes liguem para o telefone: 289.700143 e falar com as sras. Dina ou Zelinda...

GIANFRANCO BETING - quem vai liderar o rank da aviação no Brasil

Um texto de Gianfranco Beting


Em 1990, durante um jantar no Hotel Mofarrej, em S. Paulo, promovido para
empresas aéreas, afirmei na mesa compartilhada por executivos da Vasp e
Transbrasil: "No ano 2000, a TAM será a maior empresa aérea oméstica." Um de
meus colegas de Transbrasil, surpreso com a afirmação, me puxou de lado e disse, reservadamente: Ô Gianfranco, isso não é coisa que se diga, assim, em
público". Respondi: "Meu caro coronel, não estou fazendo aqui um julgamento;
estou apenas constatando algo lógico, uma conseqüência de tudo que tenho
visto ultimamente. Acho mesmo que daqui a 10 anos a TAM vai ser maior do que
nós (Transbrasil), que a Varig e a Vasp."

Deveria ter registrado em cartório essa afirmação. Afinal, o tempo mostraria
que errei meu vaticínio por apenas três meses: a TAM passou a Varig na
participação no mercado doméstico em março de 2001. Mas se não registrei
essa afirmação, agora deixo registrado aqui o seguinte, abertamente, para
quem quiser ler: em 2010, a Gol será a maior empresa aérea do Brasil, no
mercado doméstico.

Pode parecer algo ousado, até porque a TAM é uma concorrente muito mais
preparada para defender sua participação do que a Varig, Vasp e Transbrasil
eram. Mas ouça o que afirmo: em 2010, é Gol na frente da TAM.
Não, não estou torcendo por ninguém. A Gol, infelizmente, não me pagou nada
para escrever isto. Nem mesmo uma barrinha de cereal. Afirmo isso com base
na leitura de balanços e números operacionais. De posse das mais recentes
pesquisas de imagem e de opinião do público. Conversando com agentes de
viagem e com os órgãos reguladores. Estou atento, por dever e interesse
profissional, à todas as jogadas do xadrez dessa competição que será a
próxima grande batalha aérea na aviação comercial brasileira: vermelho
contra laranja.

São dois os motivos que me levam a ter essa certeza. O primeiro é o
seguinte. Ao contrário do que dizem os engenheiros, o que faz o avião voar
não é a asa, é o dinheiro. Tutú. Bufunfa. L`argent. Aviões e empresas aéreas
de sucesso sabem disso. Sem maximimizar resultados, espremer draconianamente
custos, bem-tratar o capital, este negócio da aviação não decola. E não
estou falando de um controlezinho rígido não. Este negócio precisa de
atenção obsessiva no corte de custos, na ampliação de margens, na busca
desenfreada de uma palavrinha que tem cinco letrinhas como a palavra avião:
lucro.

Varig, Vasp e Transbrasil não entendiam isso. Morreram sem saber sequer que
estavam doentes. A primeira, cega pela soberba de se achar imortal, era um
pterodáctilo ineficiente. A segunda, relapsa por décadas de administração
estatal e, depois, por sua venda à um neófito rústico e despreparado. A
terceira, porque para Omar Fontana lucro era sinônimo de ganância - seu
maior erro empresarial. Omar Fontana tinha vergonha quando sua empresa
ganhava dinheiro: "Não é para isso que estou aqui" enganava-se,
redondamente, o saudoso omandante.
Desculpe por esta breve regressão. O lugar deste editorial é outro: é o
futuro, é falar de nossa aviação em 2010 e mostrar porque a Gol vai chegar
lá. Numa única frase: porque a Gol sabe ganhar dinheiro como nenhuma outra
empresa aérea no Brasil.

Isso se deve a vários fatores, e um deles é uma grande dose de sorte: a Gol
começou a voar em janeiro de 2001, usando de um modelo de gestão moderno,
leve, automatizado, ágil. Em comparação com o modelo da TAM, que é o do
paradigma antigo, do tapete vermelho, essa é uma tremenda vantagem. Mas a
sorte está no DNA dos vencedores. E a Gol herdou, de bandeja, sem gastar uma
barrinha de cereal por isso, excelentes pilotos que saíam às levas da
Transbrasil, Vasp e agora, Varig. Como havia gente de sobra no mercado, pode
contratá-los a preços irrisórios: um comandante da Gol ganha hoje menos da
metade do que a média mundial do setor. Antes que me ataquem: isso é um
fato, não uma lôa à empresa. Pessoalmente, acho que a Gol paga mal, mas essa
é a lei da oferta e da procura. Que pode não ser perfeita, mas é a menos
ruim.

Outra vantagem da Gol: ela ganha dinheiro como ninguém porque sabe maximizar
os resultados através da corretíssima aplicação de políticas de pricing. Ela
sabe até que ponto vai o bolso da clientela. Sabe, através de seus programas
de yield management, fazer cada centavo valer. Não é a tôa que a Gol é hoje
a empresa aérea com maior margem operacional. do mundo! Vale dizer: a Gol é
a que mais ganha dinheiro para transportar um passageiro por um km voado no
planeta. É mole?

Mas se de um lado ela sabe ganhar dinheiro, o outro grande motivo é algo que
ela tem em comum com a TAM, as duas únicas no mercado que souberam fazer
isso direito: marketing. Engana-se quem dá pouca importância ao marketing na
aviação. Afinal, aviação é uma grande commodity: a velocidade é a mesma,
Mach 0.80; as pistas e pátios são os mesmos; todas voam a 37.000 pés. O que
desequilibra o jogo é o marketing. E nisso a Gol mostra que está na frente.

Um ponto reforça essa opinião, que não é apenas minha: a Gol tem hoje a
melhor imagem dentre as companhias aéreas brasileiras "vivas." Todas as
pesquisas de opinião indicam a laranjinha como a mais bem posicionada, com
os melhores atributos associados à sua imagem. A Gol é considerada como a
mais moderna, jovem, audaz, inovadora, simpática e informal das empresas
aéreas. Ela tem outra vantagem: ela não é identificada com nenhuma região do
Brasil, enquanto a TAM passa uma imagem de "empresa aérea paulista,"
"yuppie" ou, para alguns, "caipira". Aí uma clara associação à imagem do
Cmte. Rolim, que deixou muitos fãs da TAM órfãos, mesmo. Não é a toa que a
empresa agora busca "Re-Rolinizar" sua imagem.

Sob esse importante aspecto da regionalização da imagem, a Gol é vista como
"brasileira" ou seja, não tem rejeições regionais. Além disso, o ônus de
carregar a imagem de empresa aérea "assassina da Varig" ficou mesmo nas
costas da TAM. Mas o golpe de mestre da Gol está mesmo no fato de que a
laranjinha está espetacularmente posicionada na cabeça das pessoas como a
verdadeira "low-cost/low-fare" no mercado, apesar de não sempre a opção mais
barata para se voar. Seja como for, essa posição está arraigada na cabeça do
público: "Quer voar baratinho, em avião moderno, voe Gol." Esse
posicionamento vale milhões de reais em vendas, que se repetem todos os
dias.

A Gol é a primeira opção para quem tem no preço o fator decisivo na escolha
da companhia aérea. Importante é notar que cada vez mais, aumenta o número
de pessoas e de empresas que escolhem empresas aéreas pelo preço. A era do
tapete vermelho, da qualidade de serviço, em vôos de curta duração,
infelizmente já passou.
Outro exemplo do bom trabalho do marketing da Gol foi convencer a opinião
pública que voar economicamente é mais "inteligente" que voar
sofisticadamente. Por falar em convencimento, vai aí outro destaque: a
comunicação da Gol é a melhor dentre todas as empresas aéreas no Brasil nos
últimos anos. As campanhas da Gol são as mais consistentes, elegantes e bem
posicionadas no setor. A premiação da última campanha institucional da Gol
no festival publicitário de Cannes de 2006 só reforça essa opinião,
sobretudo depois do fiasco que foi aquela obtusa campanha das capas
vermelhas da TAM (Você nasceu para voar), jocosamente apelidada de "Chapolim
Voador."
Tudo isso fez com que a Gol experimentasse um nível de crescimento inédito
na aviação nacional. Para se ter uma idéia, enquanto a TAM levou exatos 25
anos para chegar a 30% de participação de mercado, a Gol conseguiu essa
proeza em menos de 5 anos. Enquanto a TAM levou 22 anos para voar
internacionalmente, a Gol cruzou nossas fronteiras em apenas 4 anos. Os
exemplos são muitos e eloquentes, o resultado é um só: transportando cada
vez mais passageiros com melhores margens de lucro, a cada dia, a cada hora,
a cada vôo que faz, a Gol avança cada vez mais sobre a líder TAM.

Com 101 Boeings 737-800 encomendados (os primeiros começam a chegar nas
próximas semanas), com custos por passageiro/km oferecido e transportado
significativamente inferiores aos da concorrência, eu escrevo e assino aí
embaixo: em 2010, a Gol conquista a liderança do mercado aéreo doméstico
brasileiro. 

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS

A revista Isto É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi.

O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
       "Cuidado com os burros motivados"
Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorização das aparências diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.


ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?

Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viaja de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.


ISTOÉ - O sr. citaria exemplos?

Shinyashiki - Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países
como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido,mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.


ISTOÉ - Qual o resultado disso?

Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer
preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês,
informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.



ISTOÉ - Por quê?

Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações
públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.


ISTOÉ - Há um script estabelecido?

Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O
vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?


ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se
preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade
achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.


ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.  E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A
gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.


ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki -- Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não  consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O  que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias
potencialidades.


ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro Loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto
outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes
terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias
oportunidades para aproveitar a vida.

BRASIL DOENTE????

 Brasil doente? Ministro Mello, corrupção  governamental e apatia
A poucos meses das eleições presidenciais, esclarecer o enigma da apatia na sociedade brasileira é de fundamental importância não só para os rumos dessa grande e querida nação que é o Brasil, como para os de toda a América Latina

1.
O Brasil vive "tempos muito estranhos", nos quais tornou-se "quase banal" a sucessão de notícias diárias de "indiciamento de autoridades dos diversos escalões", não só "por um crime, mas por vários", deixando à luz do dia uma "rotina de desfaçatez e de indignidade" que "parece não ter limites". Tudo isso estaria trazendo uma grave e inesperada conseqüência psicológica e moral em vastos setores da vida brasileira: em lugar de uma indignação proporcional das pessoas, inclusive de um clamor contra essa corrupção generalizada, se vai produzindo "uma apatia cada vez mais surpreendente", como se "tudo isso fosse muito natural e devesse ser assim mesmo", com os cidadãos aplicando a "tática do avestruz" e passando a viver "como se nada estivesse acontecendo".
Esta análise da realidade brasileira, que tratou-se de sintetizar respeitando o contexto em que foi formulado, pertence ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, ministro Marco Aurélio Mello, em recente discurso ao assumir esse alto cargo, a poucos meses das eleições nacionais. Que nos conste, tal diagnóstico não recebeu a atenção que merecia, não só por provir de um alto magistrado, senão pela importante e inesperada relação de causa e efeito que estabelece entre a avalanche de denúncias de corrupção e a crescente apatia em setores importantes da população brasileira.

2.
A descoberta da corrupção ocorreu em meados de 2005 quando o deputado Roberto Jefferson, do partido PTB, tornou pública a existência de uma gigantesca rede de arrecadação ilegal de dinheiro organizada pelo governante Partido dos Trabalhadores (PT), desviando somas milionárias de empresas públicas, privadas e instituições financeiras para sustentar um sistema de compra de votos de deputados de diversos partidos - o chamado "mensalão", consistente em uma generosa propina mensal - com o objetivo de obter a aprovação legislativa dos projetos do PT e assegurar sua continuidade no poder pelos próximos 10 a 15 anos. Apesar desse esquema ter sido organizado por figuras entre as mais próximas ao presidente Lula, este, até hoje, afirma que não sabia de nada.
É diante dessa situação que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, constata essa enigmática indiferença, em vez de uma natural reação de repúdio, de setores importantes da população.

3.
Os sintomas de que a sociedade brasileira parece estar doente, com seu próprio instinto de conservação debilitado, são múltiplos. Nesse sentido, a revista brasileira "Observatório da Imprensa" destaca o diagnóstico feito por Sílvio de Abreu, roteirista de várias novelas estelares da TV Globo, baseado em pesquisas efetuadas pela emissora, de que "a moral do Brasil está em frangalhos". O Sr. Abreu dá, entre outras provas, a de que até algum um tempo atrás os telespectadores se identificavam com os personagens bons, porém hoje muitos se identificam com os desonestos e os moralmente reprováveis. Abreu observa que essa maior tolerância dos telespectadores "com os desvios de conduta tem tudo a ver com os escândalos recentes da política" e conclui que "o simples fato de o presidente Lula dizer que não sabia nada de nada e n&atild e;o viu as mazelas trazidas à tona pelas CPIs e pela imprensa, já basta, as pessoas fingem que acreditam porque acham mais conveniente que fique tudo como está".
4.
A esse respeito, o "Observatório da Imprensa" observa que a minoria que percebe essa deterioração moral não encontra meios adequados para realizar o alerta, e está em uma situação análoga à de "sentinelas que percebessem o avanço dos bárbaros às portas de Roma e não pudessem alertar a cidade para o perigo", entre outras razões, "porque os destinatários do aviso não querem saber de alerta algum".
5.
Quando em 1992 transpiraram notícias de corrupção no seio do governo do então presidente Fernando Collor, o país começou a viver um clima de efervescência que se refletiu, inclusive, em protestos pacíficos de rua que levaram a Câmara dos Deputados e o Senado a votar o "impeachment" do presidente e a suspender seus direitos políticos por 8 anos. Isto parece ser um efeito contrário ao que hoje se estaria produzindo em setores da população brasileira, a propósito da corrupção no governo do atual presidente Lula.
6.
Colocados estes elementos de juízo, são nossos leitores brasileiros quem estão em condições de analisar se tais elementos são objetivos e, neste caso, detectar e explicar os mecanismos psicológicos pelos quais a indignação natural foi-se transformando em apatia psicológica e em paralisia do raciocínio moral
A poucos meses das eleições presidenciais, esclarecer esse enigma no seio da sociedade brasileira é de fundamental importância não só para os rumos dessa grande e querida nação que é o Brasil, como para os de toda a América Latina.

Tradução: Graça Salgueiro

LINKS GRATUITOS (Envio de opinião e solicitação de documentação gratuita)

(Gostaríamos de conhecer especialmente sua valiosa opinião a respeito do tema da apatia, no Brasil e em outros países)




BrasilDoente:EnviarGratuitamenteDocumentacao (declarações do Ministro Mello, do "Observatório da Imprensa" e do escritor Silvio de Abreu)

domingo, 20 de agosto de 2006

MAMÃO, UM TESOURO AO SEU ALCANCE





Mamão - Carica papaya

Mamão, um tesouro ao seu alcance

Lucia Helena dos Santos.


O mamão (Carica papaya), originário da América Tropical, é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo poder medicinal.
Cada parte desta planta é preciosa, a começar pelo tronco! De sua parte interna, retira-se uma polpa que - depois de ralada e seca - assemelha-se ao coco ralado. É rica em propriedades nutritivas e aproveitada em alguns lugares no preparo de deliciosas rapaduras.

O cozimento das raízes dá um tônico para os nervos que é também remédio para as hemorragias renais.

As folhas do mamoeiro, após secas à sombra, têm aplicação no preparo de agradável chá digestivo que pode ser dado livremente às crianças, pois não contém cafeína.

O suco leitoso extraído das folhas é o vermífugo mais enérgico que se conhece. Usa-se diluído em água. Ainda é digestivo e cura feridas. Em diversos lugares, a medicina popular o utiliza para tratar eczemas, verrugas e úlceras.

Os índios preparam a carne envolvendo-a com folhas de mamoeiro por algumas horas antes de levá-la ao fogo. Este processo amacia a carne.

Com as flores do mamoeiro macho prepara-se um maravilhoso xarope que combate a rouquidão, tosse, bronquite, gripe e indisposições gástricas causadas por resfriados.

Coloca-se um punhado de flores, com um pouco de mel em vasilha resistente ao calor, mas que não seja de alumínio. Acrescenta-se um copo de água fervendo, tapando-se bem. Depois de esfriar, toma-se às colheradas, de hora em hora.

Com o fruto verde faz-se um doce maravilhoso. Pode-se também prepará-lo ensopado ou ao molho branco. É uma iguaria!

O mamão maduro:




  • é altamente digestivo (cada grama de papaína – fermento solúvel contido no fruto – digere 200g de proteína);

  • tem mais vitamina C que a laranja e o limão;
  • contribui para o equilíbrio ácido-alcalino do organismo;
  • é diurético, emoliente, laxante e refrescante;
  • cura prisão de ventre crônica;
  • comido em jejum, pela manhã, faz bem ao estômago
  • é eficaz contra a diabete, asma e icterícia;
  • bom depurativo do sangue;
  • não pode faltar na alimentação da criança, pois favorece o seu crescimento.

Depois de comer-se o mamão, esfrega-se a parte interna da casca sobre a pele para tirar manchas, suavizar a pele áspera e eliminar rugas.

Mastigar de 10 a 15 sementes frescas elimina vermes intestinais, regenera o fígado e limpa o estômago. Comidas em quantidade, são eficazes contra câncer e tuberculose.

Faltava dizer que qualquer uso que se faça de qualquer parte desta planta, traz consigo uma ação vermífuga poderosa, o que bastaria para destacar sua importância.

Melhor que consumir frutos do supermercado (colhidos verdes e amadurecidos à força no carbureto), é colhê-los já maduros no pé, no próprio quintal pois - além disso - serão livres de agrotóxicos.

Num espaço bem apertado cabem vários mamoeiros..Eles gostam de terra boa, bem adubada. Por exemplo, com lixo de cozinha ou com uma "Boca da Terra".

Então... o que você está esperando para plantar e colher os seus?
O consumo do mamão é recomendado pelos nutricionistas por se constituir em um alimento rico em licopeno (média de 3,39 mg em 100 gr), vitamina C e minerais importantes para o organismo. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.



DIÁRIO DE PERNAMBUCO

12 de junho de 1977
De Silvio Rolim para o DP.
Londres - O prosaico mamão ocupou manchetes de jornais e foi promovido a remédio milagroso aqui em Londres, merecendo até fotografia de primeira página no "Guardian", um dos mais importantes jornais britânicos.

William Scharf, um corretor de 31 anos, foi submetido a um transplante de rins; a operação poderia ter sido qualificada de um sucesso se não fosse por uma pequena ferida que insistia em não cicatrizar. Antibióticos não surtiam o efeito esperado e o caso começava a se complicar quando alguém teve a idéia de usar o ma­mão (que os ingleses conhecem, quando conhecem, pelo nome mais exótico de "paw-paw"). Santo remédio!


Alguns dias depois William levantou-se do seu leito no hospital, louvando com entusiasmo os poderes milagrosos do suculento fruto tropical. Os médicos ficaram estarrecidos e a imprensa, no maior assanhamento, publicou a historia com destaque e ate fotografias de William, sua mulher, Zen e o fruto tropical. Tanto quanto o sucesso - mamão como remédio, mereceu comentários, o seu preço: duas Libras e meia, mais ou menos uns cinqüenta cruzei­ros. Vale a pena lembrar que o mamão é praticamente desconhecido aqui na Grã-Bretanha, sendo encontrado apenas em latas, geralmente em mercados especializados em comida indiana e africana. O mamão utilizado no caso de William foi comprado numa famosa e granfiníssima loja de especiarias aqui de Londres.

Mas voltando ao mamão milagroso, o fato ocorreu num hospital de Dulwich, no sul de Londres. 0 tratamento foi sugerido pelo medico Christopher Rudge, da equipe de transplantes, que durante um estagio na Cidade do Cabo, na África do Sul, tinha visto o mamão ser usado na cicatrização de úlceras e feridas. O tratamento consiste simplesmente no seguinte:

Lava-se bem o ferimento infeccionado e em seguida aplicam-se fatias de ma­mão sobre o mesmo, cobrindo com gaze. Como disse o medico, o mamão age como uma espécie de cimento numa rachadura. A cada 48 horas o processo deve ser repetido até que a ferida comece a cicatrizar, o que em geral acontece dentro de três a seis dias.

Para a surpresa do mundo médico britânico o Dr Christopher revelou que já havia usado o mamão como droga cicatrizadora em mais de vinte pacientes nos últimos seis meses e que estava muito satisfeito com os resultados. Segundo ele, todos esses pacientes tinham rins artificiais ou haviam sido submetidos a transplantes. Drogas para evitar a rejeição do novo rim tornam esses pacientes particularmente vulneráveis às infecções, e qualquer ferida demora muito para cicatrizar. Especialistas em medicina tropical mostraram-se surpresos e não conseguiram dar uma explicação satisfatória para o "fenômeno". Depois de admitirem seu espanto eles afirmaram que a única explicação plausível é o fato de o mamão conter enzimas (entre elas a papaína) que poderiam ser os agentes causadores do "milagre".

O caso do mamão trouxe à baila o uso de outros remédios caseiros como o mel e certos frutos e raízes, usados com sucesso, apesar do ceticismo médico. 0 Dr. Christopher disse apenas: "Acho que o açúcar contido no mamão ajuda. Acho que as enzimas ajudam. Não acredito que ocorra qualquer processo mágico, mas não sei dizer como ele funciona. Só sei que funciona!"

Quanto a William Scharf, indagado se o mamão passaria a fazer parte de sua dieta regular, afirmou: "O quê? Vou comer mamão o resto da minha vida."

Embora o mamão não seja objeto de nenhum estudo mais sério no momento, a Organização Mundial de Saúde está fazendo uma pesquisa sobre raízes e plantas que possam ajudar a resolver alguns problemas de reprodução humana. Aqui mesmo na Inglaterra, na Universidade de Bath, cientistas estão fazendo experiências com o feno grego que parece oferecer um notável ponto de partida para a fabricação de novas drogas. Outras pesquisas se referem a uma droga encontrada em alguns peixes (o baiacu, por exemplo), cujo poder anestésico é 160 mil vezes maior do que o da cocaína.


AGRADEÇO A QUEM ME ENVIAR ALGUM FATO RELACIONADO COM O USO DO MAMÃO PARA FINS MEDICINAIS  
zugliget@terra.com.br

terça-feira, 15 de agosto de 2006

FESTIVAL DO MARISCO





Festival do Marisco
de Olhão

Jardim do Pescador Olhanense

O Festival do Marisco é um evento com periodicidade anual, que se realiza na Cidade de Olhão, durante o mês de Agosto.

Olhão vive a euforia dos preparativos para o grande acontecimento do ano. O vigésimo primeiro Festival do Marisco está quase a abrir as portas e nada é deixado ao acaso. Pela azáfama que tomou conta de centenas de olhanenses percebe-se o papel crucial que este Festival desempenha na vida de Olhão.

A partir do dia 10 de Agosto as atenções concentram-se no Jardim Pescador Olhanense. Os aromas do melhor marisco do país tomam conta da brisa de Olhão e o som de um programa musical imbatível fazem esquecer as horas metidas pela madrugada.

A edição de 2006 promete não deixar cair os créditos alcançados ao longo de 21 anos. O cartaz de animação reserva um programa de luxo, que incluiu os nomes dos D’ZRT, Tony Carreira, Village People, Katia Guerreiro, Rui Veloso e Daniela Mercury. São 6 noites mágicas que prometem arrasar os milhares de visitantes que diariamente se deslocam ao Festival.

O crescimento imparável de visitantes ao certame obrigou, no passado, a expandir a área do recinto. Parte da nova zona adjacente ao Porto de Recreio passou, assim, a fazer parte do Festival, proporcionando maior comodidade aos visitantes e tornando mais forte a proximidade da Ria Formosa. Com este aumento do recinto, o Festival garante segurança máxima aos milhares de pessoas que todas as noites se concentram neste local.
Durante 6 dias, todos os caminhos vão dar a Olhão, onde há marisco ao vivo e a cores!


Local: Jardim do Pescador Olhanense
a partir das 19:30 horas
de 10 a 15 de Agosto / 2006

domingo, 13 de agosto de 2006

COINCIDÊNCIAS A MAIS?? OU D++++

          Confira se é verdade?

              COINCIDÊNCIAS "DEMÁS"



Em Cochabamba, território de plantio ilegal da planta Erythroxylon coca (cocaína) na Bolívia, (outros territórios tem plantio legal para consumo  interno da folha) ganharam as eleições para o partido de EVO MORALES (MAS).



Evo recebeu APOIO ELEITORAL em sua campanha, do presidente Lula.

   Em Cochabamba existe um DEPUTADO, do partido MAS, que se chama:

            Gabriel Herbas Camacho.



   Sabem de quem ele é irmão? DO M A R C O L A...



   Marcola chama-se: Marcos Willians Herbas Camacho.



   Outro seu irmão aqui no Brasil,  preso pelo Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos), na noite de terça-feira, no Tatuapé, na Zona Leste da Capital...chama-se:



   Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, de 34 anos.



   Eles, Gabriel, Marcola e Alejandro, são filhos de um mesmo boliviano. VOCÊ SABIA QUE O CHEFÃO DO CRIME NO BRASIL FAZ PARTE DO NARCO-TRÁFICO BOLIVIANO E DAS FARC?



   Pense um pouco, só um pouquinho...



Então fica assim:



   Quinta-feira, todos os políticos sabiam da entrevista BOMBA de DANIEL DANTAS na VEJA, que sairia na sexta-feira...



Na sexta-feira, MARCOLA, que tem ligações com o MST, as FARC's e com o MAS (partido de Evo, apoiado por LULA, amiguinho do PT no Fórum São Paulo), começa uma mega rebelião em São Paulo...



À toa???



   Coincidências demais?

   E o gás?

   Sumiu do noticiário?



   Se você não faz parte dessa CORJA INTERNACIONAL DE TRAFICANTES, repasse ou delete.



   Lembre-se sempre que, apesar de todos os noticiários da mídia, dizendo que o plebiscito do desarmamento tinha ENORME vantagem a favor do desarmamento, o resultado foi o que conhecemos...



E QUEM "GANHOU" ESSA ELEIÇÃO FOI A INTERNET...

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

A PERCA ????? de Luciano Pires.



A PERCA

Recebo cópia de um e-mail relatando o extravio de um telefone celular. Não conheço a pessoa que mandou, mas o nome da empresa está lá, depois do “arroba”. Título do e-mail: “Perca do celular do fulano de tal”. “Perca” do celular... Primeiro vem a porrada ao ler “perca”. Depois vem a constatação de que essa pérola era título de um e-mail com o nome de uma empresa de um amigo meu. Não resisti. Liguei pro meu amigo. E a explicação foi uma demonstração de que estamos indo mesmo para algum buraco...
- Ah, deixa pra lá. O cara que escreveu o e-mail é um terceirizado...
A terceirização é mais uma daquelas pérolas dos sistemas de administração, que têm mais de cinqüenta anos de idade e que repentinamente ressurgem com um nome novo para solucionar nossos problemas. No caso em discussão, é o “outsourcing”. Nos compêndios administrativos, terceirização é definida como “ um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros - com os quais se estabelece uma relação de parceria - ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essenciais ao negócio em que atua”. Bonito, né? O custo fixo de salários e benefícios transformado em despesa teoricamente variável e a estrutura administrativa reduzida. Brilhante... Mas como é que se contabiliza a “perca”? Como é que se faz o “outsourcing” de uma área que contribui para construir ou destruir a imagem da empresa?
Minha esposa ganhou, nos últimos noventa dias, dezesseis novos amigos. Tudo por ter adquirido um telefone celular Siemens. Comprou nas Lojas Americanas e doze dias depois o aparelho parou de funcionar. A garantia de troca vencia em sete dias. A instrução foi para ligar para a assistência técnica da Siemens. Evidentemente, terceirizada. Começou então uma epopéia de três meses e dezesseis interlocutores, com ligações telefônicas demoradas, deslocamentos para serviços (terceirizados) de assistência técnica, sumiço do aparelho (dentro dos terceirizados) e uma sucessão de desculpas e demonstrações de que o terceirizado não se importava com o problema. Simples e burocraticamente repetia os textos-padrão. E dane-se o cliente. Essa história é familiar para você? Neste caso foi Siemens, mas poderia ter sido qualquer outra empresa que decidiu delegar a terceiros a função mais importante de qualquer negócio: proporcionar inconveniência zero a seus clientes. Mas isso tem preço. Terceirização só faz sentido quando o terceiro tem mais tecnologia, conhecimentos ou processos melhores que os seus. Custos mais baixos não podem ser a medida principal nem preponderante. Principalmente se houver pontos de contato com seus clientes, que precisam de gente com tesão para resolver problemas. Fale a verdade, você acha que dá para conseguir zero de inconveniência com a turma baratinha, simplesinha , terceirizada e que escreve “perca”? Não dá, né?
Além disso, tem a natureza humana: parceiros, parceiros, mas antes de defender o seu, vou defender o meu...
Pronto. Receberei e-mails indignados de dois tipos de gente. Primeiro de lingüistas ideologicamente estressados que me acusarão de preconceituoso contra o coitadinho que fala errado. Não “perdam” tempo pois isso não é preconceito. É conceito mesmo.
Depois virão donos de empresas de serviços terceirizados, garantindo que são capazes de realizar um trabalho de qualidade. Pode ser. Mas só acredito quando me provarem que dá pra terceirizar tesão.

Este artigo é de autoria de Luciano Pires (www.lucianopires.com.br) e está liberado para utilização em qualquer meio, contanto que seja citado o autor e não haja alteração em seu conteúdo. Tomamos a liberdade de enviá-lo pois seu e-mail faz parte de nosso cadastro. Ele foi colocado lá por você ou por algum amigo (ou inimigo) que achou que você iria gostar (ou odiar).
Caso não queira mais receber mensagens como esta, copie a URL abaixo (http://lucianopires.smartcrm.com.br/modules/emailmkt/section/envio/optout.php?
INTE_ID=3096854&EMMA_ID=123)

1. A pedidos, coloquei no ar em meu site www.lucianopires.com.br a
versão da Melo da Eleição em que a egüinha canta com todas as letras o
espetacular palavrão que você queria ouvir e que estava substituído por
um apito... Dê uma olhada...




2. Estou à procura de rádios interessadas em retransmitir o meu
programa Café Brasil, semanal com 30 minutos de duração. Conteúdo bem
humorado, provocador e inteligente para quebrar um pouco a rotina. Você
é de rádio? Conhece quem é de rádio? Está interessado? Mande-me um
e-mail no luciano@lucianopires.com.br , as condições são
irresistíveis.



quarta-feira, 9 de agosto de 2006

QUERO SER UM TELEVISOR


QUERO SER UM TELEVISOR.

OBS:NO MUNDO ATUAL,PODEMOS ATÉ TROCAR O
TELEVISOR POR COMPUTADOR


QUERO SER UM TELEVISOR

A professora
Ana Maria em sala de aula pediu aos alunos que fizessem uma redação e que nela
escrevessem o que eles gostariam que Deus fizesse por eles.
À noite,
corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa muito emocionada. O
marido, nesse momento, acaba de chegar e vendo-a chorando pergunta-lhe o que
aconteceu.
Ela respondeu: "Leia". Era a redação de um menino.
"Senhor,
esta noite te peço algo especial: me transforme em um televisor. Quero ocupar o
seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa.
Ter um lugar especial para
mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero
ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem questionamentos.

Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona.
E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado.
E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de
ignorar-me. E ainda que meus irmãos "briguem" para estar comigo. Quero sentir
que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns
momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço
muito... Só quero viver o que vive qualquer televisor!"

Naquele momento,
o marido de Ana Maria disse: "Meu Deus, coitado desse menino. Nossa, que coisa
esses pais".
E ela, olhando para o marido lhe diz: "Essa redação é do nosso
filho".




terça-feira, 8 de agosto de 2006

O PASSARINHO E O POETA


                                                    







   Passarinho e o poeta

                                                                                                         Vilma Duarte


Onde mora a Poesia?  perguntou-me o passarinho
que canta na minha janela anunciando o outro dia.
Como se eu pobre soubesse do espaço venturoso
Talvez na nuvem artista que esculpe as quimeras,
na lua tesouro de prata enricando os meus sonhos

Quem é o dono da Poesia? insiste meu passarinho
Como pode o pequenino fazer pergunta de gente!
Quem sabe, a poesia é o belo milagre de ser livre
Que nem você passarinho batendo as asas soltas.
Quando botão vira flor teria o segredo guardado?

Gente também é Poesia, instiga-me o passarinho
revirando os porquês desses pensares cansados.
Não sei de casa ou senhor da magia de um verso

Coração é o bom abrigo,  sensibilidade a mandriã
Choro versos cristalinos na garupa dos riachos...

     

www.vilmaduarte.mayte.us

ATUAL REALIDADE BRASILEIRA

ATUAL REALIDADE BRASILEIRA
Hoje no nosso país rola uma esperança falsamente propagandeada pelo atual governo, de que o Brasil vai bem, obrigado. Será mesmo? Não é isso que vemos por aí, pois o nossos pais de família estão sendo demitidos da normalidade da vida costumeira: perdem seus empregos e encontram a falência de suas vidas e enxergam suas enganosas dependências frente ao abandono social advindo do neoliberalismo atual, que ainda insiste em manter o poder nas mãos do mesmo presidente, o qual apoia políticos que praticam atos imorais e suas ações subversivas à Moral, à Ética e às leis desta nação. O que esperar de um governo que privilegia banqueiros e acoberta companheiros corruptos, deixando em liberdade os reais e perigosos criminosos? O que esperar de processos conduzidos por políticos corruptos e/ou subversivos com atos deploráveis daqueles que deveriam zelar pelos interesses deste país, o que se constitui na praxis esperada?

A contracultura brasileira continua a eleger as papudas bundas de esculturais dançarinas oligofrênicas ou de lindas garotas de programa como belezas a incorporar em crianças inocentes, ainda na mais tenra idade, quando inspiram negativamente mães ingênuas nas rarefeitas vestimentas de suas filhinhas infantis, que cantarolam barulhentas músicas quase monotônicas, com pitadas de sexo, cujas letras não representam o vernáculo objetivamente e ainda não respeitam o gênero poético mais elementar. Que idéias e comportamentos socio-morais estão sendo legadas aos nossos filhos em sua primeira formação intelectual? Também, empobrecem por ganhar novos pseudo-ídolos a cada dia: os analfabetos e milionários craques de bola que não articulam frases com mais de quatro palavras; as desejadas apresentadoras e cantoras beócias, naturalmente com baixa ou nenhuma potência vocal, desentoadas e com anseios sexuais aflorados e/ou apenas exibidos profissionalmente, provocando translocados desejos sexuais nos pais e seus filhos adolescentes e não somando praticamente nada aos desenvolvimentos mental e intelectual dos baixinhos idiotizados ao assistirem seus soprados programas semanais; o cantor da eterna parte melódica repetida sobre a quase morta e medíocre letra versando sobre o trivial, que desativa neurônios até mesmo de adultos inteligentes, após serem entediados com a reprodução sonora persistente daqueles cantos sobre o tema da mesmice explícita, etc..

Nossa atual construção de cidadãos não nos parece incorporar positivos valores aos brasileiros, especialmente no que concerne à sua novíssima geração contemporânea, que lamentavelmente parece aceitar o crescimento de sua megadecadência social, naturalmente persuadida e atraída pelo chamamento dos valores imediatos do mundo material e do modismo generalizado imposto contra os pouco ou não praticantes da crítica sobre o cosmo onde nos situamos enquanto racionais. Temos um processo de comunicação que está ‘fazendo a cabeça’ de nosso povo, obviamente através de uma lavagem cerebral com idéias e pensamentos sem valor axiológico para quem os adquire, pelo que estamos vivenciando neste tenebroso e incerto presente!...

Nas favelas estão cidadãos pendurados em encostas de morros abandonados pelos poderes públicos, que deslizam quando dos períodos de fortes chuvas, quase sempre impondo-se-lhes mortes e perdas sobre o pouco que detêm do PIB de suas regiões. Lá, soma-se o intenso tráfico de drogas, acobertado por policiais corruptos e coniventes com tal prática ilícita, fato que vem minando o futuro de jovens brasileiros e carreando suas famílias para a orfandade, ao que também se acoplam as investidas dos policiais torturadores contra moradores daquelas não urbanizadas comunidades, cujos brutais atos são justificados pela mídia como ataques e perseguições aos traficantes de entorpecentes, costumeiramente levando mortes e sofrimentos a inocentes da mesma forma que a criminosos, em cenas diárias de pleno despeito aos direitos humanos. Nossa realidade em/ou/de guerra se apresenta regularmente nos muitos noticiários televisivos e nas diversas reportagens publicadas em jornais, cujas páginas parecem estar cada vez mais impregnadas com o sangue das vítimas fatais! Estamos ou não em guerra civil?

Escolas não cumprem bem sua função primordial de educar jovens e seus professores são remunerados de maneira insuficiente, não se podendo melhorar suas capacitações, as quais ficam a merecer uma prioridade menor que a satisfação das necessidades básicas e/ou elementares dos facilitadores, degradando-se o ensino como um todo, especialmente em sua base fundamental. Portanto, o produto advindo desses professores é criticamente de qualidade ruim e o ensino público muito mais decepcionante. Quase sempre vê-se que quando existe uma suposta boa escola, certamente há a falta então do bom professor e vice-versa. O que se esperar do alunado, muitas vezes sem receber a merenda escolar já subtraída por seus oficiais e inescrupulosos guardiões ou sem ter dinheiro para se deslocar de suas casas até a escola? Tudo se mostra muito ruim e o crime já alcançou os colégios, onde professores são ameaçados e agredidos por marginais freqüentadores daqueles recintos ou de suas abandonadas proximidades e quando balas perdidas atingem mortalmente alunos, além de drogas serem ali comercializadas entre aprendizes, num tráfico sabidamente crescente e por demais maligno e, por conseqüência, frustador do futuro da população brasileira em seu nascedouro: na parcela infanto-juvenil.

Assim, vivemos um tempo de atrozes problemas, com pouca gente muito poderosa e detentora da porção maior do PIB nacional. Uma minoria divide o que sobra de nosso produto interno bruto, como que aves de rapina disputando os restos ou a carcaça de um animal recém predado e/ou em decomposição, numa luta que não ultrapassa a mínima fronteira da precária sobrevivência em nosso "mundo cão". Que resposta futura haveremos de ter de nossos jovens em processo de formação escolar, cujas vidas parecem se sedimentar na violência e nos descaminhos que os levam a continuada negação dos bons valores axiológicos? Qual o papel de nossos governantes sobre tal tragédia?

Finalmente, o sol brasileiro continua aquecendo poucos e o frio torturando muitos, trazendo ao nosso sofrido povo as faltas material e espiritual, que tanto se opõem à construção da dignidade, que certamente coloca uma enorme dúvida sobre o futuro do Brasil.

Brasileiros, acordai-vos enquanto latentes sois!

Adroaldo Figueiredo

adrofig@ig.com.br

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

PERSEVERANÇA...















“Perseverança é falhar 19 vezes e
ser bem sucedido na vigésima"
J.
Andrews





Texto de Aldo Novak
http://www.aldonovak.com.br

A mais
elementar das verdades conhecidas pelas pessoas bem sucedidas, é que a qualidade
do seu resultado é diretamente proporcional ao número de vezes que você
tenta
. Quanto maior o número de tentativas, maiores as chances de
obter sucesso. Parece algo mecânico e desprovido de inteligência, mas não é.
Pode até parecer algo que uma pessoa tapada faria. Mas
tentar é essencial ao sucesso. Qualquer sucesso.

A natureza
opera da mesma forma. E a natureza pode ser tudo, menos tapada.

Tome a
água como exemplo. Ela não desiste. Quando desce de uma montanha,
usando a força gravitacional da Terra, ela não estanca enquanto não chegar ao
rio, e eventualmente ao mar. Se é barrada por uma pedra, ou outro obstáculo, ela
não aceita que tenha que parar. Ela tenta avançar. Ela se choca contra a
barreira. Repete. Pára, por algum tempo, como se tivesse desistido, mas na
verdade apenas acumula energia. E ela tenta outra vez. E novamente.
Quando não consegue derrubar o obstáculo, a água usa a inteligência da natureza
e muda de direção, muda o caminho, mas mantém a meta. O foco.

Ela
avança para a direita, ou para a esquerda, dando a volta no obstáculo. Ela até
pode voltar para preencher uma parte do caminho do qual veio, se isso for
necessário, dando um “passo” para trás, de forma a voltar com ainda mais força,
para frente.

Se as laterais estiverem bloqueadas, ela não se desespera e
desiste de tudo, como nós, os humanos “inteligentes”. Ela tenta passar
por baixo. Se não houver meios de fazer isso, ela simplesmente espera enquanto
seu volume e força aumentam, para que ela possa passar por cima do obstáculo.
Ela tem foco. Ele não desiste nunca.

Nem mesmo uma única gota de água
desistiu, desde que a Terra surgiu. Porque ela usa a força da gravidade para
cumprir sua meta, que é encontrar o mar.

E ela, embora tenha uma única
meta, muda de estratégia todo o tempo. Se um caminho não funciona,
a água simplesmente muda de direção. Se aquela direção está bloqueada, ela tenta
passar pelos lados, por baixo, por cima. Ela responde aos obstáculos com
novas tentativas
, diferentes das anteriores.

Ela faz isso centenas
de vezes, até obter sucesso. Mas não é apenas a água que opera com base nesse
princípio. Todos os átomos, moléculas, planetas e galáxias funcionam da mesma
forma. Exatamente da mesma forma.

A natureza não desiste nunca. E
você é produto da natureza. Na verdade, mais de 60% do seu corpo é composto
de... água! Você não precisa desistir. Você não foi feito para
desistir.

Você é feito para agir exatamente como a água, os planetas e o
cosmos. Quando você desiste, o faz baseando-se apenas nos limites ilusórios de
sua própria mente.

Note, entretanto, que o universo não é tapado. Nem
você deve ser. Existem momentos nos quais a água fica presa, represada, sem
nenhuma escapatória. Você e eu também enfrentamos momentos assim, nos quais não
há como passar adiante e vencer.

Nessas horas, a água deixa de tentar
passar à força. Ela se transforma. Ela evapora. Deixa de
ser água por algum tempo e cai, na forma de chuva, em um lugar completamente
diferente, começando tudo outra vez, mas em condições completamente
novas.

Não desista nunca, mas saiba que haverá obstáculos que exigirão
que você mude completamente, para lutar por seus sonhos em outro lugar, em outro
momento.

Responder inteligentemente aos desafios é isso: Tentar.
Tentar sempre. Sempre diferente. Diferente e com perseverança. Porque como disse
J. Andrews, perseverança é falhar 19 vezes e ser bem sucedido na
vigésima
.

© Aldo Novak www.academianovak.com.br



sábado, 5 de agosto de 2006

Nesses tempos de eleições....Antonio Ermirio de Moraes.


Veja o que pensa Antônio Ermírio de Moraes
04 de agosto de 2006
Nestes tempos de eleições, o Brasil é pintado de rosa pela situação e de preto pela oposição. Isso é próprio de qualquer campanha eleitoral.

No meio do tiroteio, o povo fica perdido, recebendo informações manipuladas, todas aparentando verdades. Nesse ambiente, há pouco espaço para análises objetivas.

Por isso, antes que comece o massacre das mensagens no rádio e na televisão, alinho alguns dados objetivos que, no meu entender, registram os principais problemas do Brasil de hoje.

     1. No período de 1996 a 2005, a economia mundial cresceu 3,8% ao ano; o Brasil cresceu  2,2%

     2. Nesse ritmo, o mundo dobrará a renda per capita em 30 anos; o Brasil levará cem anos.

     3. Entre 1995 e 2004, os países emergentes investiram cerca de 30% do PIB em atividades  produtivas; o Brasil investiu 19%.

     4. O investimento público, que estava em 4% do PIB em 1970 - já irrisório! - caiu para 0,5% em 2005.

     5. Nesse período, a carga tributária quase dobrou, chegando perto  de 40% do PIB.

     6. Para crescer 3,5% ao ano, os investimentos em energia elétrica, petróleo, gás, telecomunicações e transporte teriam de ser de, no mínimo, US$ 27 bilhões por ano, enquanto, na realidade, não passam de US$ 14 bilhões.

     7. Dentre os 127 países estudados pelo "Program for International  Student Assessement" (Pisa), o desempenho dos alunos brasileiros está em último lugar em matemática e penúltimo em  ciências.

     8. Em pleno século 21, temos 16 milhões de analfabetos e, entre  os que sabem ler, mais de 50% não entendem o que lêem.

Vários  desses  dados  fazem  parte  de  um  artigo  publicado na "Revista Indústria  Brasileira"  em  abril  de  2006, cujo título já diz tudo:  "Sem crescer, não há saída".

O  mínimo  que  se  espera  é  que os candidatos ataquem essas questões de frente,  dizendo claramente o que farão para inverter o quadro atual. Isso faz parte da educação dos cidadãos e da construção da democracia.

       Há  tempos,  Roger  Douglas,  ex-Ministro  da  Fazenda  da  Nova Zelândia, contou-me  que,  no seu país, toda vez que um candidato diz na televisão o que vai fazer sem dizer o "como", o seu adversário, no dia seguinte, ocupa o  seu  espaço  na  mesma televisão, para desmascarar as promessas vazias.

Desde  que  esse  sistema  foi  implantado,  narrou  Douglas,  a demagogia diminuiu bastante e o povo votou mais consciente.

Os  problemas  estão aí. Cabe aos candidatos dizer "como" resolvê-los. Não seria uma boa idéia para praticar no Brasil?

(ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES), Presidente da Votorantim...