domingo, 30 de julho de 2006

ESCOLA DO ESCRITOR








A ARTE DE ESCREVER E PUBLIQUE SEU LIVRO


O Livro no Brasil. Os custos e as etapas de produção de um livro. Os diversos formatos, como utilizar cada um deles. O caminho do livro: editora, gráfica, distribuidora, livraria, loja virtual e logística. Registro de Direito Autoral, ISBN, Ficha Catalográfica, Depósito Legal, Divulgação e Assessoria de Imprensa. Providências para a comercialização de um livro. A opção de uma edição independente e em pequenas tiragens. O papel do Agente Literário, de olho no mercado editorial brasileiro.       Dia: 12 de agosto de 2006 - (sábado)       Horário: das 9:00h às 13h00       Valor: R$ 75,00       Estudantes, professores, sócios da UBE, REBRA e terceira Idade: R$ 60,00 
Atenção: O curso será realizado na Vesper Educacional, na Rua Cristóvão de Burgos, 54 (próximo a Av. Heitor Penteado, Metrô Vila Madalena), São Paulo, SP ou na Escola do Escritor, Rua Dep. Lacerda Franco, 165, Pinheiros, São Paulo, SP, dependendo do número de alunos inscritos. Todos serão informados do local até 48 horas antes.
Docentes: 
Maria Esther Mendes Perfetti 
Graduada em Biblioteconomia e pós-graduada em Gerência de Sistemas e Serviços de Informação. Seu primeiro contato com os livros e alunos veio com o trabalho em biblioteca escolar. Há doze anos no mundo editorial coordenou o Centro de Documentação na Editora Scipione e atuou diretamente junto ao Departamento Editorial selecionando e encaminhando originais de livros para análise. É editora do portal Parceiros do Livro, atua como Agente Literário e Leitor Crítico, e coordena o setor de cursos e palestras da Escola do Escritor. Divide com João Scortecci a autoria do livro Guia do Profissional do Livro (Informações importantes para quem quer escrever e publicar um livro). 
João Scortecci 
Escritor, Editor, Gráfico e Livreiro. Presidente do Grupo Editorial Scortecci. É Conselheiro da CNIC, do Ministério da Cultura, Área de Humanidades, Lei Rouanet, desde 1997. Foi diretor da União Brasileira de Escritores, em três gestões e atualmente é membro do conselho da entidade. Foi ainda Diretor-Adjunto e Vice-Presidente da Câmara Brasileira do Livro, em três gestões. 
É pioneiro no Brasil na implantação de Sistemas de Impressão de livros sob Demanda e Pequenas Tiragens. Presta consultoria para empresas de médio e grande porte no setor editorial e gráfico além de fazer parte do GE-DIGI da Abigraf. É o editor do portal Amigos do Livro e co-autor do livro Guia do Profissional do Livro (Informações importantes para quem quer escrever e publicar um livro).
SEGREDOS PARA DESPERTAR A SUA CRIATIVIDADE


Valendo-se de sua experiência em 28 anos de literatura e jornalismo e de suas recordações como ghost-writer (escritor-fantasma), Armando ensina técnicas simples e acessíveis para você descobrir e explorar seu potencial criativo. Indispensável para quem quer se realizar na fascinante carreira de profissional das letras.
      Dia: 02 de setembro de 2006 - (sábado)       Horário: das 9h30 às 17h - Intervalo: 12h às 13h       Valor: R$ 100,00       Estudantes, sócios da UBE, REBRA, e terceira idade: R$ 85,00

Atenção: O curso será realizado na Vesper Educacional, na Rua Cristóvão de Burgos, 54 (próximo a Av. Heitor Penteado, Metrô Vila Madalena), São Paulo, SP ou na Escola do Escritor, Rua Dep. Lacerda Franco, 165, Pinheiros, São Paulo, SP, dependendo do número de alunos inscritos. Todos serão informados do local até 48 horas antes.

Docente: Armando Alexandre dos Santos 
Escritor e jornalista profissional, autor de 29 livros, alguns dos quais best-sellers, e de 30 traduções ou adaptações de livros estrangeiros. Seus livros já venderam mais de 1,2 milhão de exemplares. Trabalha há 15 anos numa editora de médio porte, como responsável pela linha editorial, analista e crítico de originais. Presta serviços como ghostwriter (escritor-fantasma) e tradutor autônomo.

Escola do EscritorRua Dep. Lacerda Franco, 165, Pinheiros,  
São Paulo, SPcep 05418-000 Telefone: (11) 3813-8987
escoladoescritor@escoladoescritor.com.br
      Inscrições: www.escoladoescritor.com.br

info@escoladoescritor.com.br

GATINHOS PARA ADOÇÃO


Mais uma vez venho pedir aos nobes amigos que dêm uma chance a essas criaturinhas meigas e lindas que precisam do vosso carinho.... para quem mora em Olhão, Faro e cercanias, se puderem dar uma ajuda, doando ração, vitaminas, levando-os para adoção, ficaremos muito felizes por eles e por vocês também. Todos os nossos gatinhos já estão vermifugados e castrados... contatos com Célia através do email: c.s.c@sapo.pt  ou Francy no telemóvel 00351914225427.............. 

Vamos colocar todas as fotos ...............no sítio certo.

Cocktail da Semana.........


Description:
www.gastronomias.com

Ingredients:
Cocktail da Semana

Jupiter



4 cl de Gin;
2 cl de Vermute Seco;
2 Gotas de Parfait Amour;
3 Gotas de Sumo de Laranja.


Directions:
Batido no shaker.
Servir em Taça a cocktail.

sexta-feira, 28 de julho de 2006

PIANISTA MARIA JOÃO PIRES...









Arquivo SIC

"Vim para o Brasil para me salvar os  malefícios que Portugal me estava a fazer", disse a pianista


















































Maria João Pires vai viver para o Brasil porque em Portugal diz ter sido "vítima de uma verdadeira tortura". Para trás fica o projecto musical que criou em Belgais, mas a pianista promete uma nova iniciativa na Baía.




















Maria João Pires fundou o Centro para o Estudo das Artes, em Belgais, Castelo Branco, para incentivar o estudo da música. Concretizou um sonho de anos, construído aos poucos, que ganhou visibilidade mas nunca atingiu a dimensão e o apoio projectados.

"Sofri fisicamente todos os anos que dediquei àquele projecto e não consegui mais do que um começo", desabafou a pianista, em entrevista à Antena 2.

Maria João Pires não acusa ninguém por Belgais não ter tido a grandiosidade esperada, mas não esconde a mágoa por algumas pessoas e fala, implicitamente, do poder político. "Portugal é um país que está num impasse fatal", disse.

A pianista já está na Baía, no Brasil, onde comprou casa e se prepara para um novo projecto destinado mais uma vez às crianças.

"Vim para o Brasil para me salvar dos malefícios que Portugal me estava a fazer", porque estava a ser "vítima de uma verdadeira tortura", confessou a pianista.

O percurso da pianista

Nascida em 23 de Julho de 1944, em Lisboa, Maria João Pires deu o seu primeiro recital aos cinco anos mas só em 1970 o seu talento foi reconhecido internacionalmente, quando venceu, em Bruxelas, o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven.

Interpretando obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms, Chopin viajou por todo o mundo, tornando-se uma presença regular em salas de concerto da Europa, Canadá, Japão, Israel e nos Estados Unidos.

Recebeu, em 1989, o Prémio Pessoa e em 1999 fundou o Centro para o Estudo das Artes, em Belgais.

Com Lusa

CONSELHOS DADOS POR UM ADVOGADO QUE FOI ROUBADO


Não verifiquei, mas parece coerente...

REPASSANDO...........

Um advogado de uma companhia circulou a seguinte informação para os
empregados na companhia dele.

1. Da próxima vez você ordenar talão de cheques peça ao banco que coloque
somente as iniciais de teu nome (em vez do nome completo) e sobrenome no
talão. Se alguém levar seu talão de cheques, eles não saberão como você assina seus
cheques, com somente a inicial de seu nome, mas seu banco saberá como você
assina seus cheques.

2. Não assine a parte de trás de seus cartões de crédito. Ao invés, escreva
" SOLICITAR RG ".

3. Quando você preencher cheques para pagar seu cartão de crédito
considerar, não escreva o número de conta completo na " Para que " linha. Ao
invés, ponha somente os últimos quatro números. A companhia de cartão de
crédito sabe o resto do número da conta, e qualquer um que poderia estar
controlando seu cheque através de todos os canais do processamento do cheque
não terá acesso a esta informação.

4. Ponha seu número de telefone de trabalho em seus cheques em vez de seu
telefone de casa. Se você tiver uma Caixa Postal de Correio use este em vez
de seu endereço residencial. Se você não tiver uma Caixa Postal, use seu
endereço de trabalho. Ponha seu telefone celular ao invés do residencial.
Nunca tenha seu CPF impresso em seus cheques. (Você pode colocá-lo se for
necessário). Mas se estiver impresso, qualquer um pode ver.

5.Tire Xerox do conteúdo de tua carteira. Tire cópia de ambos os lados de
todos os documentos, cartão de crédito, etc. Você saberá o que você tinha em
sua carteira e todos os números de conta e números de telefone para chamar e
cancelar. Mantenha a fotocópia em um lugar seguro. Também leve uma fotocópia
de seu passaporte quando for viajar para o estrangeiro. Se sabe de muitas
estórias de horror de fraudes com nomes, CPF, RG, cartão de créditos, etc...
roubados.

Infelizmente, eu, um advogado, tenho conhecimento de primeira mão porque
minha carteira foi roubada no último mês. Dentro de uma semana, os ladrões
ordenaram um caro pacote de telefone celular, aplicaram para um cartão de
crédito VISA, tiveram uma linha de crédito aprovada para comprar um
computador, dirigiram com minha carteira, e mais. Mas aqui está um pouco de
informação crítica para limitar o dano no caso de isto acontecer a você ou alguém que você conheça.

E mais:

1. Nós fomos informados que nós deveríamos cancelar nossos cartões de
crédito imediatamente. Mas a chave é ter os números de telefone gratuitos e
os números de cartões à mão, assim você sabe quem chamar. Mantenha estes
onde você os possa achar.

2. Abra um Boletim Policial de Ocorrência imediatamente na jurisdição onde
seus cartões de crédito, etc., foram roubados. Isto prova aos credores você
tomou ações imediatas, e este é um primeiro passo para uma investigação (se
houver uma).

Mas aqui está o que é talvez mais importante que tudo:

3. chame imediatamente o SEPROC e SERASA (e outros órgãos de crédito se
houver) para pedir que seja colocado um alerta de fraude em seu nome e
número de CPF. Eu nunca tinha ouvido falar disto até que fui avisado por um
banco que chamou para confirmar sobre uma aplicação para empréstimo que
havia sido feita pela Internet em meu nome. O alerta serve para que qualquer
empresa que confira seu crédito saiba que sua informação foi roubada, e eles
têm que contatar você por telefone antes que o crédito seja aprovado.

Até que eu fosse aconselhado a fazer isto (quase duas semanas depois do
roubo), todo o dano já havia sido feito. Há registros de todos os cheques
usados para compras pelos ladrões, nenhum de que eu soube depois que eu
coloquei o alerta. Desde então, nenhum dano adicional foi feito, e os
ladrões jogaram fora minha carteira. Este fim de semana alguém a devolveu
para mim. Esta ação parece ter feito eles desistirem.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Casa "apertadinha" em Madre de Deus-BA


 Normal na Holanda. Aqui se ve casas desta largura, talvez nao tao altas pela epoca em que foram construidas.



Na casa de Helenita, mal cabem os braços abertos




Casa 'apertadinha' construída em Madre de Deus (BA) tem menos de 2 m de largura para sustentar 3 andares. E ela ainda vai ganhar cobertura.

A casa não poderia estar em local mais apropriado: Madre de Deus, a menor cidade da Bahia - com apenas 11 km2, o equivalente a três Cidades Universitárias da Universidade de São Paulo (USP)-, a pouco mais de 50 km de Salvador, na Baía de Todos os Santos. Quem vê, logo percebe que alguma força divina a segura de pé. São três pavimentos equilibrados em uma área de menos de 2 metros de largura, abrigando duas salas, cozinha, três suítes e uma varanda. Tudo apertadinho. Abrindo os braços, é possível encostar as mãos nas paredes.

A pitoresca residência chegou ao conhecimento do Estado por uma foto enviada por Valter Real ao projeto FotoRepórter, em que qualquer pessoa pode registrar cenas do cotidiano e enviá-las à redação - as imagens selecionadas ganham destaque no site e podem ser publicadas no jornal.

A foto chamou a atenção da reportagem, que entrou em contato com a dona da casa, Helenita Queiroz Grave Minho, de 43 anos. O "projeto" foi de autoria dela própria. "Eu quis aproveitar tudinho o que tinha de terreno", disse a moradora, que vive com o marido, Marco Antonio, de 46, três filhos, a mãe, a irmã e um cachorro.

Tudo começou com um "quartinho de bagunça" que Helenita teve idéia de construir nos fundos da casa para guardar os brinquedos da filha, de 8 anos. Depois, Helenita ficou desempregada e resolveu aproveitar um "resto de terreno" para construir outra casa, que, alugada, seria uma fonte de renda.

O problema era o terreno, muito estreito. Marco Antonio achou maluquice da mulher. "Até o pedreiro achou estranho quando eu encomendei o serviço, mas eu disse para ele: 'Faz uma estrutura bem boa que eu vou subir uma casa aí.' E subi dois andares. Ainda dá pra mais um." Mesmo desconfiado, o pedreiro aceitou o serviço, mas foi logo avisando que aquilo "não daria certo de jeito nenhum". E desafiou: "Nem uma geladeira entra em uma casa dessas". De fato, os móveis tiveram de ser desmontados para entrar na casa. A geladeira foi colocada pelo vão nos fundos, onde a largura é um pouco maior do que na frente.

Terminada a obra com duas suítes, sala e cozinha, Helenita não se deu por satisfeita. Convenceu Marco Antonio a usar o dinheirinho guardado para completar a casa de seus sonhos com mais uma sala, outro quarto e banheiro e uma varanda. "Foram dois anos de luta", diz. E a casinha nova, que começou modesta, terminou maior do que a antiga.

Hoje, a primeira casa rende à família R$ 700 por mês de aluguel. Já a nova residência, Helenita não aluga nem vende "por nada". "Não troco a minha casinha por dinheiro nenhum", diz, orgulhosa de ver terminada a sua obra. "É mais forte e segura do que as outras. Não balança nem com vento forte."

No início, a prefeitura criou problemas, mas com a planta acabou aceitando a obra, que hoje virou ponto turístico da cidadezinha de 12 mil habitantes. Na frente da casa, há bancos onde os turistas passam o tempo sentados a observar a estranha construção. Alguns, mais curiosos, pedem para entrar e tirar fotos. Helenita deixa. O casal agora tem planos para construir um quarto pavimento, na cobertura, "aberto, para lazer, com churrasqueira e tudo".


Adriana Carranca, Juca Varella-Oesp-18/07/06

quarta-feira, 26 de julho de 2006

VICTOR NOIR...


  A estátua de bronze de Victor Noir, jornalista assassinado em 1870 por um primo de Napoleão III, teve que ser cercada no cemitério parisiense Père-Lachaise para evitar o assédio de mulheres que atri-buem a seus generosos atributos masculinos virtudes propícias à fe-cundidade.

        " Toda degradação por meio de grafite, toques indecentes ou outros meios pode ser punida ", avisa o cartaz recém-colocado junto ao túmulo, por ordem da Prefeitura.
Victor Noir, nascido Yvan Salmon, foi morto aos 22 anos, na véspera de seu casamento, pelo impulsivo príncipe Pierre Bonaparte. Para evitar distúrbios devido ao assassinato desse republicano, as autoridades organizaram seus funerais nos arredores de Paris, até que, em 1891, seus restos foram levados para o Père-Lachaise.

        Sua lápide é enfeitada por uma estátua de bronze, obra de Jules Dalou: nela, Noir aparece com a boca entreaberta, os braços caídos ao longo do corpo, e um volume generosamente grande sob as calças.
Essa protuberância é a origem da lenda que, há cerca de 40 anos, se-gundo a imprensa francesa, transformou a estátua em objeto de culto fetichista: Mulheres desejosas de ter um filho visitavam o túmulo para se esfregarem na parte mais chamativa da estátua ou na ponta de suas botas.

Fonte:  TERRA POPULAR

terça-feira, 25 de julho de 2006

PROCURAÇÃO PARA BANDIDO...


Procuração para bandido

(Alexandre Garcia)

Do alto de seis mandatos como deputado federal e senador constituinte, o deputado Marcondes Gadelha disse, numa entrevista ao Correio Braziliense: "Alguns deputados, às vezes, têm o hábito de cobrar porcentagem de emendas". Descontada a contradição entre 'às vezes' e 'têm o hábito', a afirmação, credenciada pela experiência de Gadelha em 28 anos no Congresso Nacional, confirma o que a nação tem testemunhado. Alguém que gasta milhões para se eleger e ganhar um total inferior a R$ 400 mil no mandato inteiro é porque é um altruísta perdulário ou está investido num negócio lucrativo.

Certa vez, o carro de um deputado foi furtado no estacionamento da Câmara. Ele, que era líder de um grande partido, se queixou da falta de segurança. O representante de uma grande cervejaria me contou que ele não precisaria lamentar, porque ganhara o carro para evitar, na Constituição, maior rigor sobre as bebidas.

Semana passada, no Aeroporto de Congonhas, o embaixador de um país asiático me contou que seu país pretendia fazer grandes investimentos no Brasil, mas havia um impedimento: onde quer que fosse e falasse no investimento, recebia, em troca, pedido de dinheiro por fora. Como no país dele isso dá pena de morte, ele cortava a conversa ali mesmo. Contei-lhe, envergonhado, que isso, aqui, não só dá em nada, como é hábito tal como disse o deputado Gadelha. O nível é tal que até um presidente da Câmara arrancava um dinheirinho do ecônomo do restaurante da Casa.. Aí, o Marcola sente-se com autoridade para dizer aos deputados da CPI do Tráfico de Armas:

"E o que é que os deputados fazem? Não roubam também? Que moral tem algum deputado para vir gritar na minha cara? Nenhuma"..

Agora que faltam dois meses e meio para a eleição, é hora de pensarmos no que queremos. Se nos identificamos com os imorais, corruptos, mentirosos, espertalhões, safados, será a hora de os elegermos como nossos representantes enquanto continuaremos fazendo a nossa parte: desobedecendo às leis, sonegando, mentindo, tapeando, cometendo todas as safadezas e atrasos de nossa incivilidade. Mas se quisermos um país melhor para nossos filhos e netos, a hora é agora de descartarmos essa gente que nos envergonha. Eu já passei meus olhos pela lista de candidatos a deputado federal do meu domicílio eleitoral. Encontrei um, que já foi deputado, já foi secretário de governo, já mostrou serviço e honestidade e inteligência.

Encontrei outros bons, mas em quem não posso votar por causa de suas companhias, ora partidárias, ora pessoais. Às vezes, alguém começa honesto, mas seu meio o força a sair da ética. Esse tipo de caráter fraco também deve ser descartado.

Os que já exerceram cargos públicos são mais suscetíveis de serem julgados por nós. Eles já foram testados. A propaganda não deve nos enganar. Em campanha, o que mais aparece é propaganda enganosa. E nós somos passíveis de ser enganados. Não acreditamos no Kaká, no Ronaldinho, no hexa? Não elegemos gente que consegue ser, ao mesmo tempo, mensaleiro e sanguessuga? Quantos elegemos que já estavam sendo processados por estelionato, furto, desvio de dinheiro do povo, calúnia e até homicídio? Para que não nos queixemos depois, temos que pensar muito agora. Ninguém terá o poder de roubar, desviar, receber propina, sem receber antes o nosso voto.

Será que daremos procuração para bandido agir em nosso nome?

PORQUE CÃES NÃO VIVEM TANTO...

Porque cães não vivem tanto quanto as pessoasSou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça  Wolfhound Irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa, e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.

Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão em sua casa.
Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.

No dia seguinte, eu senti o familiar "aperto na garganta" enquanto a família de Belker o rodeava. Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando. Dentro de poucos minutos,
Belker foi-se, pacificamente. O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.

Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste fato da vida dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos. Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou, "Eu sei porque." Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou. Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante.

Ele disse:
- "As pessoas nascem para que possam aprender a viver,  a  amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?"

O garoto de quatro anos continuou...
"Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo."

 

Do Médico Veterinário Dr.César Ranzani - Clinivet - Curitiba


ACORDAR A JUVENTUDE COM POESIA




Acordar
a Juventude com Poesia



Vilma Duarte


Era uma vez... muitos anos...


Lá, no Grupo
Escolar Delfim Moreira de Araxá, umas garotinhas se encontraram na sala de
aula,


fizeram o
primário brilhantemente, continuaram os estudos no Colégio São Domingos,
conhecendo


então, outras
meninas no Ginásio, e mais outras no Curso Normal.


O coração
foi estocando a amizade que nasceu criança, ficou moça e madurou adulta.


“Naquele
tempo”, danado de bonito, quando professor era gente, elas tiveram a sorte de
acumular


conhecimento e
aprender lições de vida, com muitas, que lhes marcaram a vida para sempre.


Cada uma
mereceria um capítulo à parte, mas a mestra da vez, é a Idê
Bittar.


Com ela, de
amor à primeira vista, aprenderam Português, noções de Inglês, um pouco de
Latim,


e tudo que um
professor que ama o magistério, pode fazer por seus alunos.


Deram de cara
com a mocidade da Idê no Colégio, deitaram e rolaram com a sua
competência,


e curtiram o
dengo especial,
que as diferenciava das outras turmas.


Com a Idê, paraninfa escolhida por unanimidade, elas foram de
trem para Belo Horizonte, no


passeio de
formatura, e folgaram felizes, o que a juventude da época permitia.


No dia 14 de
Julho, da graça de 2006, elas, (digo, nós), fomos para Brasília a convite da
professora


querida,
pousar, literalmente, no ninho quente do seu coração.


Como resistir
ao apelo emocionante e amoroso? Comparado aos comportamentos ressequidos


e
individualistas, que o modernismo dita, uma pérola para o tesouro de conviver.


Que fim de
semana!


Embarco de
volta aos anos dourados levando as colegas e a inocência no falar e sentir.


Arrumar a mala.
Desafio nesse tempo sem personalidade. Faz frio? Não faz?


Em todo
caso...Anágua, combinação, penhoar, mantô, conga, slacks,
japona, suéter, blusa de


gola olímpica e
umas pecinhas mais frescas. Ah! A máquina de tirar retrato. Serão tantas poses.


Nossa! A bolsa a tiracolo, a frasqueira, e chegar no maior granfo na casa da professora.


No
contrato da condução, combinou-se a perua. Não deu. Fomos de mini-jardineira.


Conforto pra
esticar as juntas e acomodar o peso de tantos depois.


Oito. Darcy,
Marly, Magaly, Inês, Agostinha, Marísia,
eu, e a Neyla que pegamos em Catalão.


Na peleja da
mini-jardineira para vencer a distância na rodovia mal conservada, e ainda


carregar-nos a
ansiedade, lembranças e expectativas, fomos repassando nossas saudades...


Que delícia
lembrar da hora dançante no Clube Brasil, a gente de rabo-de-cavalo, saia
rodada,


aquele mundo de
anáguas engomadas, os vestidos de corpo-baixo, as saias plissadas,


batas
engana-mamãe o redingote, o vestidinho trapézio, os boleros, os moços, o rosto
colado


escondido, as
futricas inocentes, as fantasias...


Ir de bonde à
matinê, à sessão das seis e meia, as mãos dadas depois que a luz apagava,


o primeiro
filme cinemascope, o Trianon, os programas da Rádio Imbiara, o footing, o parque


de patinação,
os circos de teatro mambembe, as brincadeiras nas casas, ao som do long-play


na vitrola, as novelas no rádio, os reclames
que cantávamos de cor, ai que saudade que dá!


Passar pintura
com pó de arroz, ruge, pintar os cabelos com água oxigenada misturada com


água de rosas,
lavá-los com sabão de coco e enxaguar na água fervida com cascas de cebolas,


fixá-los com
cerveja, usar leite de colônia, sabonete Lever, Gessy
e exibir a graça que os anos


jovens
premiavam as moçoilas de então.


Sem esgotar o
relicário das recordações, chegamos ao destino da amizade curtida no tonel


antigo dos
sentimentos de primeira. Aninhamo-nos nos braços abertos da Idê,
que nos


hospedou com
requinte na Mansão enorme e bela, e nos regalou com banquetes sedutores.


Ao lado
do marido finíssimo e generoso, mais a acolhida da filha encantadora,
netos e genro


a gentileza a
toda prova, e os empregados, a solicitude em servir.


Entre tours nos points da capital do
Brasil, paradas nas feiras, visita ao Palácio do Planalto,


momentos valiosos de reflexão ao pé da lareira
da Idê, ninguém ousou macular a poesia


do encontro,
mencionando as falcatruas dos mal falados da Praça dos Três Poderes.


Na volta, o coração
em festa brincava com aquelas emoções dormideiras, desde o tempo


da escola. O
brilho dos olhos nos remoçava as feições e os sentimentos.


Bendito amor
que entrelaça mãos e corações, livre das cadeias de tempo e espaço.


Triste a
cegueira de não enxergar a poesia de viver!











RIQUEZA



"RIQUEZA"


Era inverno e
elas entraram às pressas pela porta
dos fundos: duas crianças em casacos
surrados e pequenos para os seus tamanhos.

"A senhora tem
aí alguns jornais velhos?" Eu estava ocupada, queria dizer que não, mas olhei
para os seus pés e vi que usavam sandálias abertas, cheias de gelo. "Entrem, que
eu faço uma xícara de chocolate bem quente para vocês." Suas sandálias
encharcadas deixaram marcas na pedra da lareira, mas eu não consegui
reclamar.

Servi o
chocolate quente acompanhado de torradas com geléia e voltei para a cozinha,
onde retomei meu trabalho.

Estranhando o
silêncio na sala da frente, fui até lá ver o que estava
acontecendo.

A menina
segurava a xícara vazia e a olhava atentamente. O menino me perguntou numa voz
sem emoção: "Moça, a senhora é rica?"

"Rica? Eu?
Misericórdia!" Exclamei olhando para meus estofados gastos.

A menina pôs a
xícara sobre o pires, cuidadosamente. "Suas xícaras combinam muito bem com os
pires," disse com uma voz que parecia de uma pessoa mais velha e com uma fome
que não vinha do estômago.

Eles saíram,
segurando os maços de jornal, lutando contra o vento. Nem agradeceram, mas não
era necessário. Haviam feito muito mais do que isso. Xícaras e pires tão
simples, de louça azul, mas combinavam. Virei o assado e coloquei as batatas no
molho. Batatas com molho ferrugem, um teto sobre a cabeça, meu marido com um
emprêgo estável: essas coisas também combinavam.

Tirei as
cadeiras de perto da lareira e limpei a sala. As pegadas cheias de lama ainda
estavam por ali e as deixei ficar. Quero que permaneçam no mesmo lugar, caso eu
me esqueça novamente de como sou
rica. <<<<<<<<<<<<<<<<<<
NB:Desconheço a autoria, se alguém sabe por favor, avisa-me.



Para tudo que levamos para a frente, deixamos algo para trás..



Um texto de Aldo Novak

Nas viagens que faço para Machu Picchu todos os anos, durante os dias
de carnaval, sempre tenho que escolher aquilo que levo na bagagem e coloco na mala. Sempre tenho que escolher o que deixar para trás, em São Paulo, antes de ir para o aeroporto.

A sua vida funciona do mesmo jeito. Você tem que
escolher o que segue com você. Você também tem que escolher o que vai deixar para trás. Não dá para levar tudo. Por isso uma frase que conheço há muitos anos, sempre recorda a importância das decisões que tomamos: para tudo aquilo que levamos para frente, deixamos alguma coisa para trás.
Isso funciona com tudo. Com todos. Sempre.

Você gosta de vários diferentes
alimentos, mas jamais poderia comer todos eles ao mesmo tempo, ou seria sua
última refeição. Você precisa escolher cada prato, separando o essencial
do trivial, ou do que apenas parece essencial.

Você escolhe e
deixa para trás os alimentos que podem ficar para outra refeição.
Isso funciona com tudo. Com todos. Sempre.

Você pode visitar muitos lugares
maravilhosos, em suas férias, mas seria impossível visitar todos os lugares do
planeta em uma única viagem, ou em toda uma vida, mesmo que você tenha mais
dinheiro que Tio Patinhas. Você precisa escolher o que visitar, separando
o essencial do trivial, ou do que apenas parece essencial.

Você
escolhe e deixa para trás os lugares que não sejam parte de seu roteiro de vida.

Isso funciona com tudo. Com todos. Sempre.

Você pode seguir várias
carreiras e ser muitas diferentes coisas na vida, mas não há vida para fazer
todas as coisas que você é capaz ou deseja fazer. Você se vê forçado a escolher
os caminhos possíveis com base no dia-a-dia. É necessário escolher no que você
passa 8 horas, separando o essencial do trivial, ou do que apenas parece
essencial.

Você precisa fazer escolhas. Você tem que se curvar à
realidade de que, para tudo aquilo que levamos para frente, deixamos algo para
trás. Não há opção.

Isso funciona com tudo. Com todos.
Sempre.

Cada escolha que você faz coloca em curso uma série de engrenagem
e roldanas infinitas, muitas delas quase imperceptíveis para você, e para os
mais desatentos. Essas roldanas, mesmo quando parecem sem importância, provocam
a queda de pequenas peças de dominó na linha da sua vida. Esse efeito dominó
será sentido por muitos anos, no futuro. Na verdade, por toda a sua
existência.

Você pode amar e ser amado por milhões de pessoas, mas teria
que transformar-se em milhões de pessoas diferentes daquilo que você é, ou
deseja ser. Você precisa escolher com quem quer partilhar suas alegrias, seus
desafios, suas lágrimas e seus sonhos, separando pessoas essenciais das
triviais, ou das que apenas parecem essenciais;

Você escolhe, e
deixa no passado qualquer pessoa que não seja parte desses sonhos.

Isso
funciona com tudo. Com todos. Sempre.

Quando a velhice chegar, e você
olhar para trás, toda a sua vida poderá ser compreendida pelas escolhas que você
fez entre o que levou com você e aquilo que escolheu abandonar.

Porque,
para tudo aquilo que levamos para frente, deixamos algo para trás.

© Aldo Novak www.academianovak.com.br





A AGONIA DE JESUS.


Agonia de Jesus


Relato de um
médico francês Dr. Barbet, professor-cirurgião, sobre a agonia de Jesus Cristo ,
reconstituindo as dores sofridas por Ele, em nosso lugar .

“Sou um
cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de
cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso, portanto
escrever sem presunção a respeito de morte, como a de
Jesus”.

"Jesus
entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a
escorrer pela terra".
O único evangelista que relata o fato é um médico,
Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é
um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais : para provocá-lo é
necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento
causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a
angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter
esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias
capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e
se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.

Conhecemos a
farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e
o desempate entre o procurador romano e Herodes.

Pilatos cede,
e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados de despojam Jesus e o prendem
pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro
múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os
carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura.
Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas
hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra.
A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor
frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira e vem uma vertigem de náusea,
calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto, pelos
pulsos, cairia em uma poça de sangue.

Depois do
escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os
algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os
espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar ( os cirurgiões sabem o
quanto sangra o couro cabeludo ).

Pilatos,
depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para
ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da
cruz; pesa uns cinqüenta quilos . A estaca vertical já está plantada sobre o
Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular,
cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca
de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai
sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando Ele cai
por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário
tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica
está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de
gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à
carne viva ; ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em
descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda
aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o
fim.

O sangue
começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de
pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as
medidas. Com uma broca é feito um furo na madeira para facilitar a penetração
dos pregos. Os carrascos pegam um prego ( um longo prego pontudo e quadrado ),
apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o
rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O
nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado;
uma dor lancinante , agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se
pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que o homem pode
provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos :
provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é
destruído só em parte : a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o
prego, quando o corpo é suspenso na cruz, o nervo esticará fortemente como uma
corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento,
vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três
horas.

O carrasco e
seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro
sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam
na estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira
áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A
cabeça de Jesus inclina-se para a frente, uma vez que o diâmetro da coroa o
impede de apoiar-se na madeira.

Cada vez que
o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés.
Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma
máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A
garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede . Um soldado lhe
estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso
entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se
produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enriquecem em uma contração
que vai se acentuando : os deltóides , os bíceps esticados e levantados, os
dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os
médicos chamam titânia, quando os sintomas se generalizam : os músculos do
abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os
do pescoço , e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.
O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice
dos pulmões. Tem sede de ar : como um asmático em plena crise, seu rosto pálido
pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e
enfim em cianítico.

Jesus é
envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem esvaziar-se. A fronte
está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece ?
Lentamente com um esforço sobre-humano , Jesus toma um ponto de apoio sobre o
prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos
braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e
profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez
inicial.

Por que este
esforço ? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que
fazem".
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia
recomeça.

Foram
transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz : cada vez que falou,
elevou-se, tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável
!

Atraídas pelo
sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do
seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las.

Pouco depois
o céu escurece, o sol se esconde : de repente a temperatura diminui. Logo serão
três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a
sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um
lamento : "Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita :
"Tudo está consumado !". Em seguida num grande brado diz: "Pai, nas
tuas mãos entrego o meu espírito".
E morre .

E
morre, no meu lugar e no seu . Não façamos dessa morte , que trouxe nova vida a
todos nós, uma morte sem nexo. Está em você , dentro de você o espírito de
Jesus.

Ame-o e
glorifique-o todos os dias da sua vida.


Profº. Carlos
Cruz



sábado, 22 de julho de 2006

Frango á moda de Braga -


Description:
FRANGO Á MODA DE BRAGA - É um prato bastante calórico, entretanto muito gostoso... Esta receita é da Cozinha do Chef Michel...

Ingredients:
1 frango do campo com 1.500 g
1 ramo de tomilho fresco
1 folha de louro
3 dentes de alho
1 cebola média cortada aos gomos
100 gramas de toucinho fumado cortado e 8 tiras
1 cálice de vinho do Porto
1 colher de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de azeite extra virgem
1 limão
1 cubo de caldo de galinha
sal e pimenta que baste
noz moscada que baste

Para a batata salteada:

16 batatas novas médias
3 colheres de azeite extra virgem
1 colher de sopa de manteiga
sal e pimenta

Directions:
Lave o frango muito bem e retire tudo do interior do frango, tempere com sal e pimenta, corte o limão em dois e coloque dentro do frango. Tempere por fora com sal, pimenta e noz moscada. Amarre o frango com um cordel e passe o tomilho e a folha de louro por baixo do cordel, barre com manteiga e deixe meia hora no frio.
Numa panela, refogue a cebola cortada em gomos com o alho inteiro e as tiras do toucinho, em seguida coloque o frango, tape a panela e deixe alourar em fogo médio e vire ao fim de 15 minutos. Volte a virar o frango após 10 minutos; molhe-o com o vinho do Porto, o cubo de caldo de galinha e deixe acabar de assar sempre tapado.
Quando o frango estiver assado, pique o peito com uma faca fina e se sair um líquido claro, sem sangue, está pronto a ser servido. Retire-o da panela e junte-lhe as tiras de toucinho. Coe o molho, volte a pôr na panela e, se for necessário, junte-lhe 1 colher de chá de maizena para fazer a ligação.
Enquanto o frango está a assar, coza as batatas inteiras com a pele durante 17 minutos. Retire-as da água, descasque-as e coloque-as a dourar numa frigideira com o azeite e a manteiga.
O Chef Michel diz: A combinação do vinho do Porto com o toucinho e a noz moscada torna esta receita original. O fato de assar o frango na panela dá-lhe um sabor pronunciado e fino. E o limão dá um toque de frescura.

PARA REFLETIR... com coragem

Não sabemos de quem é a autoria dessas pequenas verdades... quem souber, favor avisar-nos, imediatamente atribuiremos os créditos.. 


1 - "BRASILEIRO É UM POVO SOLIDÁRIO"- Mentira. O brasileiro é um povo tonto. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem pra ser lixeiro, só porque ele tem uma "história de vida sofrida"; pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola pra pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução pra pobreza;aceitar que Ongs de "direitos humanos" fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade; não protestar cada vez que o governo compra um colchão pra um presidiário que queimou o dele de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente trouxa.

2 - Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é Bobo alegre. Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ele ri como um cavalo.

3 - Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. O brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos surgiram de Marte e pousaram lá, quando na verdade eles são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo que fica indignado ao ver um deputado receber 20mil por mês pra trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe - lá no fundo - que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais pra não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do "bolsa família") não pode ser adjetivado de outra coisa que vagabundo

4 - Brasileiro é um povo honesto. Mentira. Já foi, hoje é uma qualidade em baixa. Se voce oferecer a um policial europeu 50 euros para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não porque poderá ser pego, mas porque é errado. Na minha profissão, convivo com pessoas de diversos países da Europa e tambem com americanos. Tenho que provar sempre que sou diferente do brasileiro porque todos têm uma história de pilantragem de brasileiro cometida lá fora. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma "boquinha" dessas, quando na realidade isso não deveria sequer passar por sua cabeça.

5 - 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá pra fora porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos de forma que eles não sentissem segurança em montar suas bases de operação nas favelas;

6 - O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto,mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa pra dizer que um bandido que foi morto em uma troca de tiros foi "executado friamente". Em um país onde todos tem direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim anarquia. Em um país em que a maioria sucumbe bovinamente a uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do "politicamente correto", veremos que vivemos em uma sociedade feudal. Um rei que detém o poder central (presidente e suas MP's), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, deputados,senadores, prefeitos, vereadores etc)... todos sustentados pelo povo que paga tributos e que tem como único fim o pagamento de seus privilégios. E ainda somos obrigados a votar, que democracia é essa?

sexta-feira, 21 de julho de 2006

MAIS UMA VEZ RECIFE...


Xô, dengue!


Adentramos o terceiro milênio e continuamos convivendo com doenças próprias de regiões miseráveis, atrasadas e sem higiene. E orgulhamo-nos de viver em áreas consideradas quase paradisíacas, comparativamente a parte significativa do território brasileiro. Perdemos a certeza de sermos mesmo esse oásis de qualidade de vida.



A cidade do Recife oferece terreno fértil para a proliferação do inseto. Mais de 90% da população vivem em condições precárias de saneamento básico. As condições climáticas lhe são favoráveis com temperatura e umidade elevadas. Sem abastecimento regular de água, formam-se os criadouros ideais do Aedes aegypti. Os moradores das áreas de risco precisam manter água em reservatórios, e o lixo moderno, descartável por excelência, forma depósitos artificiais que atraem o mosquito.



A violência urbana é outro aliado da enfermidade. Os agentes de saúde não conseguem entrar nas casas para inspecioná-las. Amedrontada, a população teme estar diante de um bandido disfarçado que se diz funcionário da vigilância sanitária. Não lhe abre a porta. Para piorar, nesta época, o estado recebe grande fluxo de turistas. O ser humano é a fonte da transmissão do mal. É ele quem contamina o mosquito. Ora, não há possibilidade de inspecionar o porto, aeroporto, estação ferroviária, rodoviária e estradas para detectar possíveis infectados. Ainda que houvesse, a dengue, em muitos casos, é assintomática ou confunde-se com gripe ou resfriado.



Fator mais agravante no caso é a descoordenação do trabalho desenvolvido pelos órgãos responsáveis pela política de saúde da União, do governo estadual e da prefeitura. A realidade triste da saúde exige esforço redobrado das autoridades. E impõe-se menos discurso, menos marketing. Ao contrário, a cobrança da sociedade é por mais ação, mais gestos efetivos no sentido de melhorarmos a qualidade do atendimento à população. Notadamente no campo social, onde estão os problemas mais agudos, sistematicamente protelados.



Faz tempo, cuidar preventivamente de problemas potenciais da área social tornou-se peça retórica atropelada pelos fatos. A conseqüência é a continuidade de dramas pungentes exorcizados em países civilizados, mas ainda presentes em nosso cotidiano. Dramas, aliás, que ocorrem, e se repetem, porque prevenção é palavra quase desconhecida por autoridades com responsabilidades no campo social. Raramente vemos algum prefeito, algum governador, algum ministro ou presidente da República definir, na prática, como prioridade orçamentária à saúde, e a educação.



A rápida expansão da epidemia de dengue por diferentes estados brasileiros faz com que o poder público se movimente, apesar de se saber que os mosquitos transmissores estejam se proliferando e se espalhando pelo território nacional há mais de 25 anos.



Estamos na eminência de uma nova epidemia de dengue no Estado, por causa da falta de continuidade das políticas de saúde, principalmente, do Ministério da Saúde. O problema é que as ações têm sido feitas apenas quando ocorrem epidemias. Para combater o mosquito e a dengue, é preciso haver trabalho fora da época da epidemia.



A Fundação Nacional da Saúde (Funasa) investiu duas vezes menos no controle da dengue do que mandava o Plano de Erradicação do Aedes aegypti, em sua criação em 1996. Segundo o projeto, seriam necessários R$ 4,5 bilhões para acabar com o mosquito. Nos últimos dez anos, desde que o plano foi colocado em ação, o investimento foi de apenas R$ 2,2 bilhão.



Em dois anos (1995 e 1996), o então ministro da Saúde, Adib Jatene, formulou o mais pretensioso projeto para acabar com a dengue no País, que previa medidas de saneamento, abastecimento de água e controle de fronteiras como pré-requisitos para o fim do Aedes. O Plano de Erradicação teve a participação de dezenas de especialistas - com apoio até de técnicos cubanos - e pretendia acabar com o mosquito no território brasileiro, como já tinha ocorrido em 1958 e em 1973.



Na época, técnicos acreditavam que apenas um grande esforço e investimento poderiam prevenir futuras e grandes epidemias da doença no País. A iniciativa do ex-ministro Jatene era uma tentativa de que o Brasil não repetisse, nos próximos anos, uma epidemia como a de 1991, a maior da história, quando entrou no País o tipo 2 do vírus da dengue. Agora, em 2006, o tipo 3 promete fazer tantas vítimas como as registradas no início da década passada.



A prática comum tem sido a de postergar soluções e de atrasar envio de recursos. Historicamente, a justificativa passa pela insuficiência de verbas. Este comportamento omisso, às vezes quase criminoso diante das carências humanas básicas, resultou no aumento de casos de dengue. E acaba dificultando o combate efetivo.



O novo risco de epidemia de dengue é mais uma demonstração de como o setor público necessita de um "choque de modernidade". Lamentavelmente, é questão muito mais de gerência e administração, do que de recursos. Mas, infelizmente, é justamente na área da saúde que corre o empreguismo político, onde o que vale é o "quem indica", e não a capacitação profissional. Por isto, o setor é tão mal gerido e se encontra no estado que a população conhece.



Vivemos sempre com a impressão de que tudo tem de ser feito imediatamente. E temos a convicção de que se faz muito menos do que se deveria. Especialmente para minorar as desgraças no plano social. Mas, como também é sabido, os políticos têm pouquíssimo interesse em aplicar maciçamente em saúde. A alegação é antiga, estúpida: gastar dinheiro com isso não dá voto. E estamos em ano eleitoral. Então, chegou a hora de cobrar firmemente atos concretos dos deputados, senadores, governador, para que a vergonha que sentimos se transforme em orgulho por vivermos, de fato, em Estado de qualidade.



Espera-se também que a Prefeitura do Recife, consiga trazer recursos em volume mais significativo para a cidade ter condições de combater a dengue da maneira que deve. A saúde pública não pode ser tratada com desdém. Erradicar a dengue no curto prazo, sabemos, é impossível. Mas o poder público pode e deve tomar medidas capazes de mantê-lo sob controle e, sobretudo, de salvar vidas.



Enquanto isso não ficar claro e sua importância não for compreendida em toda a sua extensão, a mídia tornará a divulgar o ressurgimento de casos de endemias até pouco tempo consideradas extintas. E que voltam a preocupar comunidades inteiras.



As mesmas comunidades que aprenderam a usar o computador, falar inglês, globalizaram-se. Para muitos desses, no entanto, isso significou perda de emprego, crianças fora da escola, menos comida no prato, mais pobreza, menos higiene, mais doença. "Xô, dengue!" não pode ser só uma palavra de ordem.



Adroaldo Figueiredo